Sabe o ódio que espalhamos por aí?
Daqui a pouco ele volta.
Bem na cara de um de nós, de um dos nossos.
Ódio é ódio, minha gente. Amarrar a um poste um suspeito de assalto e surrá-lo até a morte é exercitar o mesmo ódio que um assassino põe em prática ao tirar a vida de um trabalhador no ponto de ônibus. É dar cabo da mesma fúria de um covarde que espanca a mulher em casa. Quem toma parte de um linchamento utiliza o mesmo recurso de um bandido medonho que amarra uma corda ao pescoço de um cachorrinho e o asfixia para divulgar a foto nas redes sociais.
É o mesmo ódio. Sob outra forma, distribui a mesma raiva levada adiante por quem ofende uma pessoa por sua cor, seu credo, sua origem social e sua opção sexual. Tem a mesma sanha de ataque e a velha falta de critério e estratégia dos que pensam mirar insultos a um partido político e acabam atirando descaradamente contra o resto do mundo, contra a decência, o respeito, a inteligência. É ódio, minha gente! Distribuir ódio por aí, sob qualquer forma, virou a coisa mais fácil e banal do mundo.

Pensemos. E, por favor, miremos nossas reflexões para além do simples e fácil “você está defendendo bandido”. Nós podemos mais do que isso.
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