sábado, 27 de junho de 2015



Quando a internet é usada para o bem, o impacto é extraordinário - Catraca Livre


     É espetacular o poder mobilizador da internet, todo dia conhecemos histórias de pessoas que transformam a vida de outras através de uma publicação no Facebook.
     Por dois anos a rotina da dona de casa e vendedora Maria Helena, 61 anos, foi a mesma. Ela vai de porta em porta pela cidade de Volta Redonda (RJ), oferecendo seu sabão caseiro, embalado em um pote de plástico e vendidos por R$ 4. O produto vem acompanhado de um bilhete com o nome e telefone da vendedora escritos com uma letra "cara de vó".
    Porém, no último dia 22 de maio, ela bateu na porta de Luiz Antônio. E graças ao post que ele fez no Facebook  relatando esse encontro, a vida de Maria está mudando completamente.
    Segundo contou no post, Maria disse vender uma pasta que ela mesma fazia e que deixava tudo branco. Luiz disse não precisar e passou o produto adiante.  “Ela agradeceu, eu fechei a janela, mas abri de novo e fiquei observando. Ela ficou com um semblante triste, talvez por receber mais um ‘não’, abriu uma garrafinha de água, começou a beber, apoiada no portão, parecia cansada”, escreveu Luiz em sua página.
    Aquela cena o comoveu, então abriu novamente a janela e adquiriu o sabão caseiro da dona Maria. “O sorriso dela foi tão satisfatório pra mim. Ela começou a explicar o produto, e falou que anotaria o contato dela, mas que não tinha condições de ter um cartãozinho, e me deixou esse pedaço de papel. E lá se foi aquela senhorinha, com a bolsa pesada, bater em outra porta”.
    Em um gesto despretensioso, Luiz fez o post no Facebook com a foto do potinho de sabão e o contato da Maria esperando ajudá-la de alguma forma, para que talvez uma ou outra pessoas se interessassem e ela fizesse algumas vendas a mais.
     Mas o que não imaginava é que a ação causaria tamanha repercussão.  Com mais de 160 mil curtidas e quase 80 mil compartilhamentos, a história viralizou na rede social.
     Lendo os comentários, pessoas de várias cidades brasileiras disseram ter feitos encomendas já. “Deus está me abençoando. O rapaz falou para alguém e o pessoal não para de ligar. Até esqueci o nome da cidade lá na Suíça que me pediram para entregar. Mas é gente de São Paulo, do Rio”, contou Maria Helena em entrevista para a Época Negócios.

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